Não pensei que estava com essa energia toda. Acordar no sábado antes do sol nascer e ir se juntar aos colegas para fazer uma caminhada de 5 Km nunca esteve entre meus programas prediletos.
Resolvi arriscar. E não é que gostei ? Foi muito revigorante ver o sol dando seus primeiros sinais em RIo das Ostras. A caminhada ficou até mais fácil.
O prazer foi tanto que resolvi esticar. No dia seguinte fui pra outra caminhada, desta vez na área rural de Madalena (terra da Dercy Gonçalves), com 10 Km de extensão.
A beleza do campo foi a energia desse dia. As imagens falam por si. Precisa dizer mais ?
Fazia muito tempo que eu não via o querido Campinense Clube jogar. Ver o time em São Janunário me lembrou as saídas escondidas de minha mãe que eu dava, ainda com sete anos de idade em Campina Grande, para ver o treino lá no velho estádio Plínio Lemos. Lembrei do Pedrinho “Cangula”, centroavante da época e pai do Marcelinho Paraíba que está jogando no Coritiba, que ficava treinando sozinho após o encerramento do treino oficial. Era assim que ele apurava o “faro” pra fazer gols.
Não podia perder essa oportunidade de ver a equipe no Rio. Os jogadores pareciam assustados com a torcida do Vasco e eu no meio dela, pois não encontrei o acesso reservado para a torcida do meu time.
Na chegada ao estádio, uma supresa. Depois de quase três horas de viagem, saindo de Macaé, não tinha mais ingressos na bilheteria. O jeito foi o “paraíba” comprar na mão dos cambistas. Mas, a emoção de viver aquele momento valia a pena. Ainda mais, com a “casa cheia”.
Agora, pena mesmo foi ver o Vasco iniciar sua vitória com um pênalti “arranjado”. Quase que eu esculhambava com o juiz, foi aí que lembrei que estava no meio da torcida deles. Era melhor ficar calado, aguentando as gozações, mas assistindo a dois espetáculos. Um era “ao vivo” o outro, boas lembranças da minha infância que se repetiam na minha mente.
No final, 3 x 0 pro Vasco. Não importa, pra mim foi uma vitória ver meu time no Rio. De quebra, vendo parte da torcida rubronegra no estádio. Eram poucos, mas eram como se fossem irmãos.
Não foi exatamente uma chegada triunfal. Após um dia de trabalho intenso, pegar o carro e sair de Macaé por volta das sete da noite e chegar em Paraty às duas e meia da madrugada do sábado e, ainda por cima, sem reserva de hotel, foi um grande desafio.
Mas, tudo bem, a viagem mesmo longa foi agradável e fazia um friozinho gostoso quando cheguei lá.
No sábado, estava participando do encontro com o jornalista americano Jon Lee Anderson. Tendo atuado na cobertura de várias guerras, incluindo a ocorrida mais recentemente no Iraque, e sendo um dos biógrafos do revolucionário Che Guevara, achei que ele teria boas histórias para comentar.
Não me enganei. No entanto, não quero destacar suas histórias e comentários diversificados sobre suas experiências jornalísticas.
Quero registrar apenas algo que ele mencionou como óbvio e que reforçou um pensamento pessoal:
“Não se vive a realidade. Vivemos percepções.”
De fato, esse pensamento define claramente o que penso sobre nossas crenças e visão do mundo.
Cada um de nós enxerga o mundo segundo sua maneira de perceber as coisas, os fatos, as pessoas e tudo mais que exista ou não.
Quando se acredita em algo, isso passa a ser a realidade, ou melhor, a realidade de quem acredita.
Não importa mais a realidade em si. Importa o que pensamos dela e consequentemente o que consideramos real.
Para pessoas melancólicas, o mundo está a beira do abismo final e isso é absolutamente real para ela.
Para as entusiasmadas e otimistas, o mundo é um grande parque de diversões que vai acrescentando novos brinquedos e desafios a cada dia.
Atualmente, fico cada vez mais curioso em conhecer as várias percepções que cercam nossas vidas.
Santo Agostinho dizia assim: “Pregue o evangelho. Se necessário, use palavras.”
Seguindo a mesma lógica, eu digo: “Ame. Se for necessário usar palavras, ame mais ainda”.
As palavras escravizam e o silêncio lhe mantém em liberdade. Amar é um ato de escolha decorrente de nossa liberdade.
Assim como na nossa relação com Deus, a afirmação do amor com palavras deve ser uma atitude do ser amado como reconhecimento aquele que lhe ama. Se não for assim, espere.
A maior expressão do amor de Deus descrita em João 3:16 foi uma decisão e não palavras.
Já fazia algum tempo que queria conhecer outros arredores de Macaé. A ida em Quissamã me apresentou novamente os contrastes da vida na época do império no Brasil.
Na casa grande, com uma linda entrada cheia de palmeiras imperiais, residia o Visconde de Araruama. Lá ele recebeu D.Pedro II para o casamento de seu filho.
Já na senzala (Fazenda Machadinha) encontrei uma comunidade quilombola, com alguns costumes mantidos desde seus antepassados.
Provavelmente o imperador preferiu passar mais tempo olhando o chafariz no jardim da casa. A senzala só é boa para visita de turista.
Algumas pessoas tem a oportunidade de viver mudanças profundas em suas vidas. Considero como tal, mudanças que, pelo seu contexto, possam envolver vários aspectos em uma única oportunidade, tais como: residência, trabalho, relacionamentos e mesmo novos projetos.
Ir trabalhar na maior empresa brasileira foi algo inesperado e até não projetado ao longo de minha vida. Uma série de fatores levou isso a ocorrer e acabou me trazendo uma oportunidade ímpar de ampliar conhecimentos profissionais e pessoais acerca da realidade que cerca essa atividade e, de quebra, propiciou a chance de viver um sonho antigo ao me permitir residir no Estado do Rio de Janeiro.
Costumo afirmar que o grande objetivo da mulher tem sido o de conquistar e manter o seu lar. Não vou entrar aqui em explicações demoradas, principalmente para as feministas, acerca dessa afirmação, pois não é essa a minha intenção. Pelo lado do homem, a sua honra e objetivo maior são representados pela sua afirmação profissional, ou seja, pelo seu trabalho.
Por motivos variados, essa grande mudança ocorreu em minha vida e hoje sou muito grato a Deus pela oportunidade que me concedeu de estar comemorando este primeiro ano na Petrobras. Eu e Ele sabemos bem as razões porque cheguei aqui.
No vídeo abaixo registrei algumas cenas relacionadas com minha viagem para o Rio onde iria assumir a nova atividade, bem como o período de formação vivenciado em Salvador e a chegada em Macaé. Tem valido a pena.
A década de 60 foi bastante rica em fatos e acontecimentos que marcaram a história recente da humanidade.
No mundo tivemos o estabelecimento da guerra fria entre os EUA e a ex-URSS (União Soviética), o fortalecimento de CUBA como exemplo comunista nas Américas, o assassinato de John Kennedy, a chegada do homem na lua, o enorme sucesso dos Beatles e uma presença feminina marcada por ícones reconhecidos até hoje.
Não quero muito ficar me detendo em fatos históricos, mas apenas para caracterizar o Brasil nesse contexto, tivemos por aqui a revolução militar que derrubou o governo de João Goulart, além do avanço da bossa nova entre os apreciadores da boa música.
Bom, foi exatamente nesse ano que eu nasci. Em Campina Grande, Paraíba, fui o sexto filho a nascer em uma família composta de sete.
Esta pequena introdução é para caracterizar uma nova seção de “Fragmentos”. Sempre fui um pouco nostálgico e apreciador de fatos históricos desde criança, provavelmente influenciado pelos gostos semelhantes de meu pai. Mas, o fato é que sou colecinador de tudo que puder acerca do ano que nasci e, portanto, ainda estou vivendo.
A cada dia esse vínculo, cercado de curiosidade, se intensifica e quero compartilhar um pouco dele.
Faz tempo que o cinema nacional vem apresentando uma quantidade de filmes com bastante qualidade. Assistir aos filmes de nosso país reforça a identidade cultural e o conhecimento de nossas raízes.
Porém, confesso que me atrai mais encarar o cinema como diversão e dou preferência a filmes que nos deixam sempre com um astral melhor, independente de sua origem.
Não é esse exatamente o caso de Linha de Passe. O retrato da periferia de São Paulo, apresentado quase sob a forma de um documentário, através do cotidiano de uma família em busca de suas conquistas, nos leva mais a refletir sobre como é dura a realidade da grande maioria dos brasileiros.
Valeu a pena para reforçar o que a vida já tem ensinado: não devemos e nem podemos julgar pelas aparências.
Genero: Drama - Nacionais Ano de Lançamento: 2008 Sinopse: Reginaldo (Kaique de Jesus Santos) é um jovem que procura seu pai obsessivamente. Dario (Vinícius de Oliveira) sonha em se tornar jogador de futebol, mas, aos 18 anos, vê a idéia cada vez mais distante. Dinho (José Geraldo Rodrigues) dedica-se à religião. Dênis (João Baldasserini) enfrenta dificuldades em se manter, sendo também pai involuntário de um menino. Os quatro são irmãos, tendo sido criados por Cleuza (Sandra Corveloni), sua mãe, que trabalha como empregada doméstica e está mais uma vez grávida, de pai desconhecido. Eles precisam lidar com as transformações religiosas pelas quais o Brasil passa, assim como a inserção no meio do futebol e a ausência de uma figura paterna.
Estar em Búzios é respirar uma atmosfera com a presença mítica de Brigitte Bardot.
Quando a gente passa dos quarenta, parece que nossos objetivos estão mais no passado do que no futuro e, como vivo garimpando os fatos da época que nasci, em Búzios encontrei uma Igreja inaugurada em novembro de 1963 e a placa na POSADA DEL SOL informando que ela foi inaugurada por Bardot no verão de 1964.
Acho muito pouco original, mas como assistir Marley e Eu e não fazer associações?
Minha vinda para Macaé marcou uma nova etapa de minha vida.
Novo trabalho, nova casa, novos amigos, nova igreja, nova cidade e, por que não, um novo cachorro?
Já tinha criado um outro Toddynho, mas sua vida foi breve, apesar de intensa. Uma planta venenosa foi o suficiente para derrubar aquele sapeca pequenino.
Pouco depois, veio o Bidu, mas ele acabou ficando com as crianças em João Pessoa.
Sentia a falta deles. Bidu não me largava quando eu chegava em casa, talvez porque eu era único que contrariava as regras e sempre lhe dava um pedaço de bolo ou de pão macio escondido. Ele me agradecia com sua companhia permanente.
Ou seria apenas a espera de mais um pedaço? Deixa pra lá, sentia falta dele do mesmo jeito.
Quando vi o anúncio de uma nova ninhada de yorkshire em Macaé, nem pestanejei.
Procurei conhecer meu novo Toddynho e, apesar de não acreditar em amor à primeira vista, nossa relação começou no primeiro encontro.
Era o mais quietinho de uma ninhada de cinco machos e, talvez por isso, foi o escolhido.
Ainda não podia ficar comigo, pois estava sendo amamentado mas, sem saber, já dormia comigo todas as noites.
Vou parar por aqui, não dá para relatar agora tudo que já vivemos. Mas, a vida dele tá só começando.
Por enquanto, já descobri que aquele jeito quietinho era só pra me conquistar.
O FILME:
Título no Brasil: Marley e Eu
Título Original: Marley & Me
País de Origem: EUA
Gênero: Comédia
Classificação etária: 10 anos
Tempo de Duração: 123 minutos
Ano de Lançamento: 2008
Sinopse
O filme é baseado no best-seller homônimo escrito por John Grogan. Mostra a vida de um jornalista (Owen Wilson) que, junto de sua mulher (Jennifer Aniston), decide adotar um cachorro para sentir o gosto da paternidade. Só que o cão é terrível, apronta diversas travessuras e transforma a vida do casal num inferno.